O MELHOR DE SARAMAGO

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Você já leu Saramago? O autor tinha um modo bastante peculiar de escrever. Seus livros eram marcados por longos parágrafos e pontuação fora de qualquer regra conhecida. O estilo pode causar estranheza nas primeiras páginas, mas é uma questão de se acostumar. Com esses recursos, Saramago conseguia imprimir ritmo às suas histórias, conduzindo o leitor pela trama a seu bel prazer. Nenhuma história de Saramago é simplesmente uma sequência de fatos interessantes. O autor construía metáforas complexas, e com elas dava luz às suas idéias e críticas.
Aqui está uma lista dos melhores livros de Saramgo para você curtir:

O EVANGELHO SEGUNDO JESUS CRISTO
Ano: 1991
Editora: Companhia de Bolso
Todos conhecem a história do filho de José e Maria, mas nesta reinterpretação feita pelo Prêmio Nobel José Saramago ela adquire novas forças simbólicas e parece estar sendo contada pela primeira vez. Nesse polêmico romance, a figura de Jesus Cristo é apresentada na sua dimensão mais humana e carnal. É a saga do Cristo sob o ponto de vista dele próprio. Se os evangelhos santificaram Cristo, Saramago trata de humanizá-lo.

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA
Ano: 1995
Editora: Companhia das Letras
Um motorista parado no sinal se descobre subitamente cego. É o primeiro caso de uma “treva branca” que logo se espalha incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos se perceberão reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem às trevas. O Ensaio Sobre a Cegueira é a fantasia de um autor que nos faz lembrar “a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam”. José Saramago nos dá, aqui, uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio, impondo-se à companhia dos maiores visionários modernos, como Franz Kafka e Elias Canetti.Cada leitor viverá uma experiência imaginativa única. Num ponto onde se cruzam literatura e sabedoria, José Saramago nos obriga a parar, fechar os olhos e ver. Recuperar a lucidez, resgatar o afeto: essas são as tarefas do escritor e de cada leitor, diante da pressão dos tempos e do que se perdeu: “uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos”.

ENSAIO SOBRE A LUCIDEZ
Ano: 2004
Editora: Companhia das Letras
Num país imaginário, um fenômeno eleitoral inusitado detona uma séria crise política: ao término das apurações, descobre-se um espantoso número de votos em branco – uma “epidemia branca” que remete ao Ensaio sobre a cegueira (1995), do mesmo autor. Neste romance, José Saramago faz uma alegoria sobre a fragilidade do sistema político e das instituições que nos governam.

AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE
Ano: 2005
Editora: Companhia das Letras
Neste livro, Saramago desnuda a terrível figura da morte. Apesar da fatalidade, a morte também tem seus caprichos. Cansada de ser detestada pela humanidade, a ossuda resolve suspender suas atividades. De repente, num certo país fabuloso, as pessoas simplesmente param de morrer. E o que no início provoca um verdadeiro clamor patriótico logo se revela um grave problema. Idosos e doentes agonizam em seus leitos sem poder “passar desta para melhor”. Os empresários do serviço funerário se vêem “brutalmente desprovidos da sua matéria-prima”. Hospitais e asilos geriátricos enfrentam uma superlotação crônica, que não pára de aumentar. O negócio das companhias de seguros entra em crise. O primeiro-ministro não sabe o que fazer, enquanto o cardeal se desconsola, porque “sem morte não há ressurreição, e sem ressurreição não há igreja”. Um por um, ficam expostos os vínculos que ligam o Estado, as religiões e o cotidiano à mortalidade comum de todos os cidadãos. Mas, na sua intermitência, a morte pode a qualquer momento retomar os afazeres de sempre. Então, o que vai ser da nação já habituada ao caos da vida eterna?

CAIM
Ano: 2009
Editora: Companhia das Letras
Último livro de Saramago, reconta episódios bíblicos do Velho Testamento sob o ponto de vista de Caim, que, depois de assassinar seu irmão, trava um incomum acordo com deus e parte numa jornada que o levará do jardim do Éden aos mais recônditos confins da criação. O autor se volta aos primeiros livros da Bíblia, do Éden ao dilúvio, imprimindo ao Antigo Testamento a música e o humor refinado que marcam sua obra. Num itinerário heterodoxo, Saramago percorre cidades decadentes e estábulos, palácios de tiranos e campos de batalha, conforme o leitor acompanha uma guerra secular, e de certo modo involuntária, entre criador e criatura. No trajeto, o leitor revisitará episódios bíblicos conhecidos, mas sob uma perspectiva inteiramente diferente.