Barsa espera vender em 2010 mais do que em anos pré-internet

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O Estado de S. Paulo – Por Naiana Oscar

Há algumas semanas, a advogada Lilian Bento Brandão, de 47 anos, estava atrás de informações sobre o escritor Alexandre Dumas Filho, autor de A dama das camélias. Um simples digitar no Google traz, em frações de segundos, mais de 3 milhões de resultados para esse pedido. Mas Lilian seguiu até seu escritório, correu os dedos sobre os livros do armário e tirou dali sua mais recente aquisição: uma enciclopédia Barsa, comprada em novembro do ano passado. Diz ter renegado a pesquisa online por não confiar nas informações que encontra. A advogada está entre os clientes que têm ajudado a editora Barsa, hoje controlada pela espanhola Planeta, a reviver os tempos áureos das décadas de 70 e 80. A empresa vendeu no ano passado 70 mil edições e espera chegar este ano a 85 mil. Naquela época, pré-internet, a empresa vendia em média 50 mil edições – em anos excepcionalmente bons, esse número pulava para 100 mil. Com a chegada da internet, as vendas foram a 20 mil e o Brasil deixou de ser o recordista em clientes na América Latina, ultrapassado pela Venezuela. O posto foi recuperado há dois anos.